Onda de protestos chega à Líbia e deixa ao menos 38 feridos

Revoltadas com prisão de ativista pró-direitos humanos, manifestantes enfrentam a polícia

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ARGEL

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 - Centenas de pessoas revoltadas com a prisão de um ativista pró-direitos humanos entraram em choque com a polícia e partidários do governo da Líbia, na cidade de Bengasi, a segunda maior país, segundo relatos de uma testemunha e da mídia local. Ao menos 38 pessoas ficaram feridas. O tumulto na terça-feira à noite foi um acontecimento raro na Líbia, que está há mais de 40 anos sob forte controle do líder Muammar Gaddafi. O país tem sentido os efeitos das revoltas populares no Egito e na Tunísia.

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A TV estatal líbia informou que nesta quarta-feira estão ocorrendo em todo o país manifestações de apoio a Gaddafi, o líder há mais tempo no poder na África.  Relatos dos acontecimentos em Bengasi, situada cerca de mil quilômetros a leste de Trípoli, a capital, indicam que a cidade voltou à calma, mas que nos protestos à noite manifestantes armados com pedras e coquetéis molotov incendiaram carros e entraram em confronto com a polícia. "A noite passada foi uma noite ruim", disse à Reuters um morador que não quis identificar-se. "Houve cerca de 500 ou 600 pessoas envolvidas. "Eles foram até os comitês revolucionários (QGs do governo local) no bairro de Sabri, tentaram ir até o comitê revolucionário central. Atiraram pedras", afirmou. "Agora tudo está calmo." A população de Bengasi tem um histórico de resistência em relação ao regime de Gaddafi. Muitos de seus maiores opositores vivem no exílio. Boa parte dos detidos por integrarem grupos islâmicos banidos tem origem em Bengasi.  Segundo informações vindas de Bengasi, os tumultos começaram depois da prisão de um homem chamado Fethi Tarbel, ativista em defesa dos direitos humanos que trabalha com famílias de presos.

 

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