
30 de novembro de 2008 | 16h46
O principal partido opositor jordaniano, a Frente de Ação Islâmica (FAI), anunciou neste domingo, 30, que deve mandar um navio para a Faixa de Gaza para "romper o bloqueio injusto" imposto por Israel sobre o território palestino. "Vamos seguir adiante com o plano de mandar um navio à Faixa de Gaza para romper o bloqueio injusto imposto sobre os palestinos", disse em comunicado o vice-secretário-geral da FAI, Rahil Gharaibeh. Gharaibeh afirmou que seu partido alugou um navio que sairá do porto jordaniano de Ácaba, no litoral do Mar Vermelho, mas não precisou a data. Além disso, o dirigente opositor explicou que seu partido, considerado o braço político dos Irmãos Muçulmanos egípcios, escreveu ao primeiro-ministro jordaniano, Nader Dahabi, para lhe pedir que facilite "a missão humanitária". Gharaibeh disse que a idéia de mandar um navio a Gaza pretende transformar o mal-estar público gerado por várias manifestações na Jordânia em "uma ação tangível que estabelece um exemplo a ser seguido por outros países árabes". Nesse sentido, acusou alguns Estados árabes, embora não tenha citado quais, de operar em segredo com os Estados Unidos e Israel para confiscar a vontade do povo palestino com a manutenção do bloqueio sobre a Faixa de Gaza. Também denunciou que alguns países árabes "estão frustrando" a reconciliação entre as facções rivais palestinas do Hamas e do Fatah, "apoiando uma parte contra a outra". O bloqueio israelense teve início depois que o grupo islâmico Hamas tomou o controle da Faixa de Gaza em junho de 2007, após expulsar as forças leais ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, líder do movimento nacionalista Fatah.
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