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Otan tem informações de membros da Al-Qaeda entre rebeldes líbios

Militantes do Hezbollah também estariam na luta contra Kadafi, embora não haja mais detalhes

Atualização:

WASHINGTON - Informações da inteligência sobre as forças rebeldes que combatem o ditador líbio Muamar Kadafi indicam sinais da presença da Al-Qaeda e do Hezbollah, embora ainda não haja um quadro detalhado sobre a presença desses grupos entre os opositores do coronel, disse nesta terça-feira, 29, o principal comandante de operações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

 

"Estamos examinando com muita atenção o conteúdo, a composição, as personalidades, quem são os líderes dessas forças de oposição", disse o almirante James Stavridis, comandante supremo da Otan para a Europa e também comandante do Comando Europeu americano, durante um depoimento ao Senado dos EUA.

 

 

Na terça-feira, as tropas de Kadafi reverteram a investida rumo a oeste das forças rebeldes, enquanto as potências mundiais se reuniram em Londres, mais de uma semana depois do lançamento da campanha militar destinada a proteger civis líbios. Embora Stavridis tenha afirmado que a liderança da oposição parece ser composta por "homens e mulheres responsáveis" lutando contra Kadafi, ele disse que foram observados "sinais possíveis da Al-Qaeda e Hezbollah, coisas diferentes". "Mas neste momento não tenho detalhes suficientes para dizer que há uma presença significativa da Al-Qaeda ou qualquer outra presença terrorista", afirmou ele. O Pentágono diz que não está se comunicando oficialmente com os rebeldes líbios. Os comentários de Stavridis foram feitos um dia depois de o presidente dos EUA, Barack Obama, defender sua posição pela ação na Líbia num pronunciamento na TV aos americanos, que estão preocupados com mais uma guerra, enquanto as tropas dos EUA já estão no Afeganistão e no Iraque.

 

Embora Obama tenha dito que Kadafi deve deixar o poder, ele salientou que a missão militar aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) limita-se a proteger os civis e a garantir uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia.

 

 

 

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