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Palestinos denunciam declaração dos EUA sobre Muro das Lamentações

Nova onda de violência causou a morte de quatro palestinos nos protestos da última sexta-feira

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Por Redação
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RAMALLAH - Palestinos denunciaram neste sábado, 16, uma declaração de um alto funcionário da Casa Branca alegando que o Muro das Lamentações, localizado em Jerusalém Oriental, setor palestino da cidade anexado por Israel, deve permanecer sob controle israelense.

+++ Trump declara que Jerusalém é capital de Israel; palestinos veem ato de guerra Esta declaração foi feita na sexta-feira, após outro dia de violência nos territórios palestinos entre forças israelenses e manifestantes contrários à decisão do presidente norte-americano Donald Trump de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, feita em 6 de dezembro. Quatro palestinos foram mortos e outras centenas de feridos naqueles confrontos. "Não aceitamos qualquer modificação da fronteira em Jerusalém Oriental, ocupada desde 1967", disse Nabil Abu Rudeina, porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, à agência France-Presse (AFP).

Palestinos carregam o corpo do ativistaIbrahim Abu Thuraya, de 29 anos, durante seu funeral na Cidade de Gaza, neste sábado, 16. Ele foi morto a tiros por tropas israelenses nos conflitos de ontem na fronteira de Gaza com Israel. Foto: Khalil Hamra/AP

Segundo ele, esta "declaração prova mais uma vez que a administração dos EUA foi excluída do processo de paz". Um alto funcionário da Casa Branca dos EUA disse ontem: "Não contemplamos qualquer cenário em que o Muro das Lamentações não seja parte de Israel". Israel, que assumiu o controle da parte oriental da cidade durante a Guerra dos Seis Dias em 1967, considera a Cidade Santa como sua capital indivisível, enquanto os palestinos querem que Jerusalém Oriental seja a capital do estado a que eles aspiram. /AFP

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