
21 de novembro de 2012 | 21h21
Depois de ficarem presos em casa por dias, com medo dos ataques aéreos israelenses, milhares de palestinos lotaram carros e montaram em motocicletas, agitando bandeiras e cantando para o Hamas, principal adversário de Israel e grupo que governa a Faixa de Gaza.
"Nós nos sentimos como se tivéssemos ganhado a nossa liberdade de volta, as nossas vidas de volta. Graças a Deus para o Hamas, e graças a Deus pela paciência e força do povo palestino em humilhar Israel", disse Mohammed Skeik, marchando ao lado de vários amigos com o punho em alto.
O cessar-fogo mediado pelo Egito pôs fim aos ataques aéreos israelenses que atingiram centenas de alvos do Hamas e ao disparo de mais de 2.000 foguetes e morteiros do Hamas e outras facções em direção a cidades israelenses, incluindo Tel Aviv e Jerusalém.
Ao todo, 162 palestinos, incluindo 37 crianças e 11 mulheres, foram mortos na ofensiva, juntamente a três civis israelenses e um soldado.
Disparando um tiro ensurdecedor de seu rifle Kalashnikov, Mohammed al-Ghazaleh disse: "(O primeiro-ministro israelense) Netanyahu vai chorar nesta noite, enquanto as pessoas de Gaza estão firmes em sua resistência e triunfaram."
"Israel não vai pensar em nos desafiar como agora nunca mais. Nós pagamos um preço caro no sangue de nosso povo pela agressão deles, mas tivemos grandes ganhos e mostramos a nossa força", disse.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.