Paquistão diz que ofensiva segue até fim do terrorismo

Yousuf Raza Gillani anuncia ajuda extra para os deslocados, que terão mais US$ 2,5 milhões

PUBLICIDADE

Por Efe
Atualização:

O primeiro-ministro paquistanês, Yousuf Raza Gillani, reiterou neste sábado, 9, que a operação militar contra a insurgência taleban no Vale do Swat e em outros distritos do norte do país continuará até o fim do "terrorismo", e anunciou novas ajudas para os deslocados.

 

PUBLICIDADE

Gillani pediu que os paquistaneses apoiem a ação do Exército pelo bem das gerações futuras, em declarações divulgadas pelo canal privado Dawn.

 

"A operação continuará até acabar com o terrorismo. Essa não é uma guerra normal, e sim uma guerra de guerrilhas (...), mas o compromisso do Exército é que haja o mínimo dano colateral", disse Gillani à imprensa, após uma reunião especial com os membros de seu gabinete.

 

O chefe do Executivo anunciou a criação de um comitê governamental que ficará responsável pelo acompanhamento dos deslocados, para os quais serão destinados mais 200 milhões de rúpias (US$ 2,5 milhões). Esta quantia deve se somar ao 1 bilhão de rúpias (US$ 12,5 milhões) que Gillani prometeu na quinta-feira passada.

 

Além disso, disse que, na próxima segunda-feira, será discutida a situação de segurança no país, em uma sessão especial do Parlamento nacional.

 

O governo paquistanês deu na quinta-feira passada por quebrado o acordo de paz alcançado entre as autoridades provinciais e os talibãs do Vale do Swat em fevereiro, e ordenou ao Exército iniciar uma nova operação contra os extremistas.

 

O pacto, que previa a aplicação da "sharia" (lei islâmica) em vários distritos do norte em troca da pacificação do Vale do Swat, tinha sido aprovado pelo Parlamento nacional e ratificado pelo presidente paquistanês, Asif Ali Zardari.

Publicidade

 

Antes da ruptura oficial do acordo, as forças de segurança paquistanesas iniciaram na semana passada ofensivas contra os fundamentalistas nos distritos de Dir e Buner, este último a 100 quilômetros de Islamabad.

 

Os talebans, procedentes de Swat, entraram em abril em Dir e Buner, gerando alarme entre a comunidade internacional.

 

Na sexta-feira, o Exército informou sobre a morte de 171 talebans nestes distritos, 140 deles em Swat, onde entre 12 mil e 15 mil soldados enfrentam cerca de 4 mil insurgentes, segundo o porta-voz militar, Athar Abbas.

 

As forças de segurança continuam neste sábado as ofensivas e mataram mais 24 fundamentalistas durante as últimas horas em diversos confrontos, segundo o canal privado Geo TV.

 

As autoridades estimam que cerca de 200 mil pessoas tiveram que deixar suas casa devido ao conflito.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.