Para Autoridade Palestina negociações com Israel estão 'em ponto morto'

Papel dos Estados Unidos na mediação da crise é essencial, segundo a organização

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GAZA - O chefe das negociações de paz da Autoridade Palestina, Saeb Erekat, afirmou hoje que os esforços do Governo dos Estados Unidos para retomar as negociações de paz no Oriente Médio "chegaram a um ponto morto".

 

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Em declarações à rádio "Voz da Palestina", ele se referiu à recente iniciativa promovida pelos EUA para que israelenses e palestinos empreendessem negociações indiretas, também chamadas de "proximidade", com mediação de Washington.

 

Esse diálogo, referendado pela Liga Árabe e pela Autoridade Nacional Palestina (ANP) no mês passado e apoiado por Israel, foi suspenso antes de ser retomado por causa da divulgação dos planos de Israel de construir 1,6 mil casas em um assentamento de Jerusalém Oriental.

 

Para Erekat, Israel continua impondo empecilhos para as negociações, sobretudo em razão da expansão de colônias judaicas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

 

Embora a iniciativa americana consistisse no diálogo indireto entre as partes, tratava-se do primeiro e tímido avanço no Oriente Médio desde que o processo de paz foi completamente rebocado após a ofensiva que Israel lançou na Faixa de Gaza entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009.

 

O enviado da Casa Branca para o Oriente Médio, George Mitchell, que seria o mediador entre israelenses e palestinos, tinha programado uma visita à região em março passado, mas a cancelou depois dos últimos anúncios israelenses de construção de assentamentos em Jerusalém Oriental.

 

O negociador-chefe palestino afirmou hoje que Mitchell não tem data para sua próxima viagem à região e pediu a Washington que obrigue Israel a suspender a construção dos assentamentos e permita a retomada das negociações.

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"Acho que os EUA são o único país que pode pressionar Israel", afirmou Erekat. Para ele, as negociações de paz deveriam se concentrar na demarcação das fronteiras do futuro Estado palestino.

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