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Para Israel, acordo de paz com palestinos depende de segurança

Por SUE PLEMING
Atualização:

A ministra das Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, afirmou neste domingo à secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, que qualquer acordo para a criação de um Estado palestino não será implementado até que a segurança israelense esteja assegurada. Rice, em sua terceira visita em seis semanas à região, tenta aproximar os dois lados na disputa, antes de uma conferência organizada pelos Estados Unidos sobre o tema, que deve ocorrer na última semana de novembro em Maryland. Nenhuma data oficial foi até agora anunciada. Israelenses e palestinos ainda discordam sobre o conteúdo de um possível documento conjunto para a conferência. O texto lançaria negociações sobre questões-chave para um Estado palestino, como fronteiras, o destino de Jerusalém e os milhões de refugiados palestinos. "Eles (os palestinos) precisam entender que a implementação de futuros acordos deve ocorrer de acordo com as fases determinadas pelo plano de paz -- o que quer dizer, primeiro a segurança de Israel e então o estabelecimento do Estado palestino", disse a chanceler Tzipi Livni a jornalistas, com Rice a seu lado. "Ninguém quer ver outro Estado terrorista na região", declarou Livni, em referência indireta a temores israelenses de que o Hamas possa tomar a Cisjordânia, controlada pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. O grupo islâmico assumiu o controle da Faixa de Gaza em junho. Rice deve se encontrar também com o enviado especial ao Oriente Médio e ex-premiê britânico, Tony Blair. Durante a visita da secretária norte-americana, ataques israelenses com mísseis mataram quatro palestinos na Faixa de Gaza, segundo autoridades médicas. Israel afirmou que o alvo eram militantes palestinos que disparam foguetes contra o país, mas autoridades palestinas disseram que os mortos eram civis.

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