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Para Israel, transporte de armas químicas para fora da Síria é seguro

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Por DAN WILLIAMS
Atualização:

Os comboios sob monitoramento internacional que estão removendo armas químicas da Síria correm pouco risco de serem capturados por rebeldes que combatem o presidente sírio, Bashar al-Assad, ou pelo grupo libanês Hezbollah, aliado do governo sírio, disse um alto oficial militar israelense nesta terça-feira. A avaliação sugere que Israel, que repetidamente bombardeou alvos na Síria no ano passado para impedir transferências suspeitas de arsenal de Assad a guerrilhas hostis, não tem intenção de atacar enquanto toneladas de toxinas são levadas em caminhões para fora da Síria - em alguns casos, através de zonas de guerra que não estão sob controle de Assad. "Nós não estamos prontos para uma situação em que um comboio se depare com rebeles. Isso é algo para as forças internacionais que estão lá", afirmou o oficial à Reuters, referindo-se à Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), que está supervisionando o processo de desarmamento. Ele considerou que o papel da Opaq também impediria o Hezbollah, que tem combatentes na Síria ajudando Assad a lutar contra uma rebelião de três anos, de redirecionar os caminhões para o Líbano. "Eu reconheço que tal cenário não é possível", disse a fonte, que não quis dar seu nome por estar sob sigilo militar. A Síria concordou em abandonar suas armas químicas até junho como parte de um acordo firmado pela Rússia e os Estados Unidos depois de um ataque com gás sarin em 21 de agosto, em Damasco, o qual países ocidentais atribuíram às forças de Assad. O governo sírio culpa os rebeldes por esse ataque. Cerca de 1.300 toneladas de armas químicas sírias serão destruídas. Parte será levada ao porto de Latakia para ser destruída em um navio dos Estados Unidos especialmente adaptado para essa finalidade. A Síria embarcou a primeira parte dos produtos químicos em um cargueiro dinamarquês na terça-feira passada, uma semana depois da data original prevista para despachar todo o seu arsenal letal (31 de dezembro). A Opaq pediu ao governo de Assad que acelere o processo. Uma autoridade contatada pela Reuters não quis dizer se novos carregamentos foram embarcados em navios. (Reportagem adicional de Dominic Evans, em Beirute)

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