15 de fevereiro de 2011 | 07h26
Parlamento iraniano discute pena de morte a oposicionistas. Foto: Raouf Mohseni/Mehr News/Reuters
Atualizada às 12h40
TEERÃ - Parlamentares iranianos pediram ao Judiciário nesta terça-feira, 15, que aplique a pena de morte a líderes oposicionistas por fomentarem tumultos no país, informou a mídia estatal. No dia anterior, uma pessoa foi morta em uma manifestação de protesto e dezenas de outras ficaram feridas. A morte de um segundo dissidente foi confirmada hoje
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Os confrontos entre forças de segurança e manifestantes na segunda-feira começaram quando milhares de simpatizantes da oposição saíram às ruas de Teerã em uma passeata de apoio aos levantes no Egito e Tunísia, revivendo os protestos de massa que abalaram o Irã depois da eleição presidencial de 2009.
"Mehdi Karroubi e Mirhossein Mousavi (líderes oposicionistas) são corruptos na terra e deveriam ser julgados", disseram parlamentares em um comunicado, segundo a agência estatal de notícias Irna. A acusação, já feita no passado contra políticos dissidentes, pode ser motivo de pena de morte no país, um Estado islâmico.
O porta-voz do Judiciário, Gholamhossein Mohseni-Ejei, disse: "Aqueles que provocaram desordem pública na segunda-feira serão confrontados de modo firme, imediatamente."
As autoridades iranianas costumam acusar os líderes da oposição de integrarem um complô ocidental para derrubar o regime islâmico. A acusação é negada por Mousavi e Karroubi.
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