
08 de março de 2010 | 17h13
Resultados preliminares devem ser divulgados só na terça ou quarta-feira. Cansados da violência, iraquianos esperam que o pleito possa ajudar a trazer melhor governança e estabilidade após anos de matança sectária e diante dos preparativos para a retirada das tropas norte-americanas do país.
O bloco eleitoral chamado Estado da Lei, do primeiro-ministro Nuri Al Maliki, deve ter tido um bom desempenho no sul, de maioria xiita, enquanto a aliança secular sunita-xiita, liderada pelo ex-premiê Iyad Allawi, teve mais votos no norte e no oeste, indicaram contagens informais.
A participação de mais de 60 por cento foi maior que muitos previam e indicou que iraquianos não foram intimidados pelas explosões que atingiram a capital no dia de eleições.
"Aqueles que amam o Iraque e sua população estavam ansiosos para o sucesso das eleições", disse Maliki em jantar com observadores internacionais. "Aqueles que amam ditaduras e terrorismo eram contrários ao que iraquianos viram como uma celebração".
As esperanças de reeleição de Maliki enfrentam a forte oposição da lista laica do ex-premiê Allawi, que teve grande apoio de muitos membros da minoria sunita, suspeita de um governo xiita e o que classificam como subserviência ao Irã.
Muitos sunitas se sentiram discriminados por uma comissão, liderada por xiitas, que vetou cerca de 500 candidatos por suposta ligação com o proscrito partido Baath, de Saddam.
(Reportagem adicional de Missy Ryan, Suadad al-Salhy, Aseel Kami e Khalid al-Ansary)
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