28 de julho de 2014 | 09h07
A polícia encontrou os 15 corpos em diferentes partes da capital, Bagdá, disseram fontes do setor de segurança. Entre eles estavam três mulheres de 25 a 30 anos que tinham sido algemadas e executadas com tiros na cabeça em uma área industrial ao norte do distrito xiita de Sadr City.
Não foram dados mais detalhes.
Aumentou no país o medo do retorno aos dias sombrios da guerra civil sectária que teve seu auge em 2006-2007, depois que no mês passado militantes sunitas se apoderaram de amplas áreas no norte, ampliando as conquistas de seus aliados no oeste do Iraque.
O Exército iraquiano, financiado e treinado pelos Estados Unidos, não conseguiu fazer frente ao rápido avanço dos militantes islâmicos sunitas. Agora, as milícias xiitas se equiparam às forças do governo nos confrontos com o grupo rebelde antes conhecido como Exército Islâmico do Iraque e do Levante.
Os necrotérios de Bagdá estão novamente cheios de vítimas da violência sectária, os sequestros estão aumentando e o derramamento de sangue tem forçado famílias a fugirem para o exterior ou se mudarem para bairros onde se sintam menos ameaçadas.
A celebração deste ano do Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadã, está sendo marcada pela incerteza e a apreensão enquanto os insurgentes se preparam para avançar sobre Bagdá e os políticos iraquianos não chegam a um acordo para formar um governo com divisão de poderes, capaz de enfrentar os rebeldes.
(Reportagem adicional de Raheem Salman)
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