21 de julho de 2009 | 14h04
A Polícia iraniana entrou em conflito com centenas de manifestantes pró-reforma no centro de Teerã nesta terça-feira, 21, e prendeu dezenas deles, segundo disse uma testemunha que participava do protesto contra o resultado das eleições presidenciais realizadas no mês passado.
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Segundo a fonte, os manifestantes gritavam frases contra o presidente Mahmoud Ahmadinejad e o governo, como "renuncie, Ahmadinejad" e "morte aos ditadores. A oposição acusa Ahmadinejad de ter fraudado as eleições.
A testemunha contou também que a Polícia "colocava os protestantes nas viaturas e os levava embora". "Há centenas de oficiais agredindo e prendendo as pessoas que se reuniram para apoiar (o líder da oposição, Mirhossein) Mousavi", disse.
Os manifestantes se organizavam para participar da marcha para homenagear Neda Aghasoltan, que morreu há 30 dias ao ser atingida por um tiro no peito durante uma passeata na capital iraniana, foi marcada para a tarde desta terça-feira.
Para impedir o protesto, a Polícia ocupou pelo menos quatro praças nas regiões sul e central da cidade. Em todas elas, a movimentação de pessoas e a presença de agentes eram grandes. Os policiais tomaram esses espaços antes das 16h (9h30 de Brasília), quando começou da marcha.
Os conflitos acontecem quatro dias depois que novos confrontos entre manifestantes e a Polícia voltaram a ocorrer após semanas de calmaria. Na sexta-feira, quando voltaram as manifestações, o ex-presidente iraniano Akbar Hashemi Rafsanjani declarou a República Islâmica em crise e disse que haviam dúvidas sobre a legitimidade das eleições.
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