NOVA YORK- Enviados dos Estados Unidos, Reino Unido e França afirmaram nesta quarta-feira, 15, que a ONU tem sido lenta em marcar um painel para monitorar o cumprimento do Irã às sanções impostas pelo organismo e deve fazê-lo rapidamente.
"Estamos preocupados com o atraso em criar o painel, e instamos a um renovado foco em permitir que esse organismo volte a operar o mais rápido possível", disse Susan Rice, embaixadora dos Estados Unidos na ONU, ao conselho durante uma reunião sobre o Irã.
Susan também disse que o Conselho e o comitê de sanções das Nações Unidas deveria "considerar uma resposta apropriada às violações do Irã e às resoluções do Conselho de Segurança".
Após aprovar uma quarta rodada de sanções contra o Irã em junho, o CS também acordou fixar um painel de especialistas para apresentar reportes regulares ao comitê de sanções sobre o comprometimento de Teerã.
Entenda o impasse
As potências ocidentais acusam o Irã de esconder, sob seu programa nuclear civil, outro de natureza clandestina e aplicações bélicas, cujo objetivo seria a aquisição de armas atômicas. Teerã nega tais alegações.
As tensões sobre o programa nuclear iraniano se acirraram no final do ano passado após o Irã rejeitar uma proposta de troca de urânio feita por EUA, Rússia e Reino Unido. Meses depois, o país começou a enriquecer urânio a 20%.
Um acordo mediado por Brasil e Turquia para troca de urânio chegou a ser assinado com o Irã em maio. O acordo, porém, foi rejeitado pelo Grupo de Viena - composto por Rússia, França, EUA e AEIA - e o Conselho de Segurança da ONU optou por impor uma quarta rodada de sanções ao país.