CAMPANHA ANTECIPADA
Alguns especialistas israelenses preveem uma eleição no país em 2015, dois anos antes do prazo, e suas especulações parecem apoiadas pelas críticas cada vez mais estridentes de ministros de destaque, à direita e à esquerda de sua coalizão de governo, a suas políticas.
O ministro da Economia, Naftali Bennett, cujo partido ultranacionalista Lar Judeu pertence à coalizão mas tem relações conflituosas com Netanyahu, o defendeu nesta quarta-feira.
“O primeiro-ministro de Israel não é um cidadão particular. Ele é o líder do Estado judeu e de todo o povo judeu. Ofender o primeiro-ministro e lhe dirigir xingamentos é um insulto não só a ele, mas aos milhões de cidadãos israelenses e judeus em todo o globo”, escreveu ele no Faceboook.
Já o líder da oposição, Isaac Herzog, emitiu uma nota mais crítica, declarando ao canal de televisão Channel Two: “Netanyahu está agindo como um piromaníaco político, e levou nossa relação com os Estados Unidos a uma deterioração jamais vista”.
Em uma série de discursos vistos por muitos em Israel como uma preparação para uma possível eleição, Netanyahu ressaltou as preocupações crescentes com segurança, após a guerra recente com o Hamas em Gaza e os tumultos regionais que levaram militantes islâmicos à fronteira norte de Israel com a Síria.
Israel também teme que as potências mundiais, lideradas pelos EUA, concordem com o que vê como limitações insuficientes ao programa nuclear iraniano.
(Reportagem adicional de Matt Spetalnick em Washington)