Presidente do Irã apoia proposta de cessar-fogo na Síria

PUBLICIDADE

Atualização:

O Irã apoia a ideia de um cessar-fogo na Síria durante um feriado islâmico na próxima semana e acredita que eleições livres são o caminho certo para ajudar a resolver o conflito de 19 meses, disse o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, de acordo com a agência de notícias estatal Irna. O mediador internacional sobre a Síria, Lakhdar Brahimi, propôs que as forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, e os combatentes rebeldes que buscam sua derrubada interrompam o combate durante o festival Eid al Adha, que começa na próxima semana. Brahimi apelou aos líderes do Irã, o mais forte aliado regional de Assad, para apoiar a ideia. Ahmadinejad disse nesta quarta-feira que tinha feito a mesma proposta durante as negociações desta semana com o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, informou a agência Irna. "É claro que a guerra não pode ser uma solução adequada e qualquer grupo que suba ao poder por meio da guerra...não tem futuro", disse Ahmadinejad a jornalistas após uma reunião de cúpula asiática no Kuweit, segundo a Irna. "Qualquer um que é amigo do povo sírio deveria tentar formar a base para a realização de eleições livres no país. O cessar-fogo e negociações de eleições livres na minha opinião são o caminho correto para a resolução." A Turquia, um dos mais ferrenhos opositores de Assad, disse que também apoia a proposta de cessar-fogo. "Liga Árabe, Turquia e Irã declararam seu apoio a esta proposta", afirmou o ministro turco das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, em entrevista coletiva em Ancara, dizendo que tinha falado com seu colega iraniano sobre o assunto. Brahimi, o enviado da ONU e da Liga Árabe, disse nesta quarta-feira que a guerra civil na Síria corre risco de se expandir para o Oriente Médio. Trinta mil pessoas já foram mortas no levante, que tomou uma conotação sectária, opondo rebeldes sunitas contra um presidente da seita de minoria alauíta, uma ramificação do islamismo xiita. (Reportagem de Marcus George, em Dubai)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.