PUBLICIDADE

Presidente do Irã viajará pela América Latina em busca de apoio

Por ROBIN POMEROY E DANIEL WALLIS
Atualização:

O presidente o Irã, Mahmoud Ahmadinejad, vai buscar o apoio de líderes latino-americanos de esquerda durante um tour que terá início no domingo, depois de países ocidentais terem imposto novas sanções ao setor petrolífero iraniano. De olho nas eleições parlamentares iranianas marcadas para março, Ahmadinejad vai se encontrar durante a viagem com outros presidentes anti-americanos, numa estratégia que o governo dos Estados Unidos qualificou como demonstração de que o Irã "está desesperado para ter amigos". A primeira parada de Ahmadinejad será na Venezuela, país aliado que também é membro da Opep e onde com certeza terá uma boa acolhida do presidente Hugo Chávez. Ele também visitará Cuba e o Equador, e irá à posse do nicaragüense Daniel Ortega, reeleito para um segundo mandato presidencial. "Nós estamos deixando totalmente claro para os países em todo o mundo que agora não é o momento de aprofundar relações com o Irã, não as relações de segurança, não as relações econômicas", disse na sexta-feira a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Victoria Nuland. O presidente dos EUA, Barack Obama, aprovou novas medidas na véspera do ano-novo que dificultam ainda mais para a maioria dos países a compra de petróleo iraniano. A União Europeia está para anunciar algum tipo de proibição de compra do petróleo do Irã até o fim deste mês. As sanções têm por objetivo forçar o Irã a interromper seu programa nuclear, o qual os EUA e seus aliados dizem ter por objetivo a produção de bombas. O Irã nega a acusação e diz que seu objetivo é apenas a geração de energia. As sanções já vem causando problemas para os iranianos. Diante de preços em alta e a perda de valor da moeda do país,o rial, eles vêm fazendo fila nos bancos para converter suas poupanças em dólares. "O representante do honrado povo do Irã será bem-vindo", disse Chávez na semana passada, quando as manobras navais iranianas contribuíram para puxar para cima os preços do petróleo. (Reportagem adicional de Sebastian Rocandio)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.