Reuters
BAGDÁ- O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, afirmou nesta quarta-feira, 31, que seu partido apelou formalmente contra o resultado das eleições parlamentares do país, medida que pode atrasar ainda mais a formação de um novo governo.
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Maliki, da coalizão Estado de Direito, que ficou em segundo lugar no pleito, disse que a apelação a um painel eleitoral de três juízes era necessária para esclarecer as dúvidas sobre as eleições.
"Quero sinalizar que houve confusão nos resultados eleitorais", disse o premiê em uma coletiva de imprensa.
"Esperaremos para ver o que dizem as instituições legais e judiciais sobre esse assunto. Todos deveriam ser obrigados a cumprir a decisão que venha delas", acrescentou.
Maliki lamentou várias vezes sobre o que considera irregularidades na votação. A ONU e outros observadores internacionais afirmaram que as eleições foram críveis e justas.
O bloco do atual premiê está estancado em conversações com a facção de Moqtada al-Sadr, um clérigo anti-americano. Um acordo converteria o grupo formado pelos dois blocos na maior força do Parlamento, deixando a Iraqiya do ex-premiê Iyad Allawi, ganhadora das eleições, sem maioria na casa.
A Iraqiya conseguiu 91 cadeiras no Parlamento, enquanto o bloco de Maliki alcançou 89. Para se formar um governo no país, é necessário 163 assentos.
Os iraquianos esperavam que os comícios estabilizariam o país após anos de guerra, mas o resultado leva a semanas e possivelmente meses de conversações difíceis, potencialmente divisórias, para formar um governo.
A violência sectária explodiu após a última eleição parlamentar em 2005, quando os políticos levaram 5 meses para formarem um governo.