13 de junho de 2014 | 10h22
Em uma rara intervenção nas orações de sexta-feira na cidade sagrada de Kerbala, uma mensagem do grão-aiatolá, a maior autoridade religiosa dos xiitas no Iraque, dizia que as pessoas têm de se unir para combater o avanço dos militantes do grupo radical Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).
Militantes do EIIL capturaram mais duas cidades iraquianas durante a noite, em um avanço-relâmpago em direção ao sul do país e à capital, Bagdá, em sua campanha para recriar um califado islâmico sunita entre o Iraque e a Síria.
“As pessoas que são capazes de portar armas e combater os terroristas em defesa de seu país… devem se voluntariar para entrar nas forças de segurança para alcançar esse objetivo sagrado (de ser mártir)”, disse o xeque Abdulmehdi al-Karbalai, durante um sermão em Kerbala no qual enviou a mensagem de Sistani. Ele disse ainda que aqueles que combaterem os militantes serão mártires.
Na quinta-feira o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ameaçou lançar bombardeios contra o EIIL, numa demonstração da gravidade da ameaça dos militantes que pretendem redesenhar as fronteiras da região rica em petróleo.
Em meio ao caos, forças curdas assumiram esta semana o controle de Kirkuk, um importante centro petrolífero localizado ao lado de seu enclave autônomo, e que os curdos sempre consideraram como sua tradicional capital.
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