28 de agosto de 2009 | 05h54
Um membro da família real saudita, o príncipe Mohammed bin Nayef, sobreviveu à explosão de um homem-bomba que se encontrava em seu escritório, na cidade portuária de Jeddah, no Mar Vermelho, na noite de quinta-feira, 27. Após o incidente, o braço armado da Al-Qaeda na Arábia Saudita reivindicou a autoria do ataque, segundo o site do Intelligence Group, empresa americana que se dedica a rastrear esse tipo de mensagem.
Segundo a BBC, o homem-bomba era um militante procurado pela polícia que tinha dito que queria se entregar pessoalmente ao príncipe, que é responsável pela Segurança no Ministério do Interior e lidera o combate ao extremismo no país. Segundo as autoridades sauditas, Nayef estava se preparando para uma reunião para marcar o Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos, quando o homem-bomba - reconhecido como um militante procurado - detonou os explosivos.
"O incidente aumentará nossa determinação para erradicar o terrorismo" da Arábia Saudita, disse o príncipe, encarregado da luta contra a Al-Qaeda no país, ao rei Abdullah. A agência oficial de notícias afirma que o príncipe foi a única vítima com ferimentos graves no ataque.
O ferido é filho do ministro do Interior saudita, Naif bin Abdul Aziz, irmão do rei Abdullah bin Abdul Aziz e terceiro na sucessão ao trono. Trata-se do primeiro atentado ocorrido na Arábia saudita, berço do islã, desde que, em 2003, a luta contra o terrorismo foi intensificada.
Essa é primeira tentativa de assassinato conhecida contra um membro da família real desde que a Arábia Saudita iniciou sua operação contra militantes, há oito anos, após os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos. Em julho, autoridades sauditas afirmaram que um tribunal criminal julgou e condenou mais de 300 militantes da rede extremista Al-Qaeda a prisões e multas, no primeiro julgamento do gênero. Ao saber do incidente, o rei Abdullah foi ao hospital onde Nayef estava sendo atendido. Segundo a agência de notícias oficial do país, o príncipe já recebeu alta.
Texto atualizado às 8h45.
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