A Procuradoria Militar de Israel fechou nesta segunda-feira, 30, a investigação de uma série de supostos casos de assassinato de palestinos por parte de soldados israelenses durante a ofensiva que Israel realizou em Gaza entre dezembro e janeiro. O Exército informou que o procurador militar, Avi Mendelblit, encerrou a questão após uma investigação da Polícia Militar, ao considerar que não há provas de crimes nos relatos que foram denunciados e que os soldados que prestaram depoimento não eram testemunhas diretas dos fatos.
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Pelo menos 1.400 palestinos, a maioria civis, morreram na ofensiva israelense, entre eles muitos menores. Isso fez com que organizações de direitos humanos locais e internacionais acusassem Israel de ter cometido crimes de guerra.
Em Israel, o escândalo ganhou força há duas semanas, quando a imprensa local expôs os depoimentos de vários soldados e oficiais durante uma conferência a cadetes de uma academia de preparação militar.
Segundo os depoimentos, um comandante "ordenou que se disparasse e matasse uma idosa palestina que caminhava por uma estrada a 100 metros da casa que os soldados tinham expropriado", o que definiu como "assassinato a sangue frio."
Mendelblitt assegura que a investigação determinou que estes e outros relatos foram ouvidos de terceiros, e que nenhuma das pessoas que fizeram as denúncias testemunharam os fatos.