
07 de janeiro de 2009 | 16h41
O Partido dos Trabalhadores (PT) condenou nesta quarta-feira, 7, os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza e comparou a ofensiva às práticas nazistas. Em nota assinada por Ricardo Berzoini, presidente da legenda, o PT diz não aceitar "a justificativa apresentada pelo governo israelense de que estaria agindo em defesa própria e reagindo a ataques." Veja também: Gabinete de Israel aprova ampliação da ofensiva França provoca confusão ao anunciar cessar-fogo Trégua por 3h é piada, diz ex-relator da ONU brasileiro Especial traz mapa com principais alvos em Gaza Brasileiros que vivem em Gaza não querem sair Brasileiros que vivem na região falam sobre o conflito Bastidores da cobertura do 'Estado' em Israel Conheça a história do conflito entre Israel e palestinos Veja imagens de Gaza após os ataques O Estado judeu sustenta que a ação militar em Gaza, iniciada em 27 de dezembro, é em resposta aos contínuos ataques com foguetes do grupo islâmico Hamas contra o território israelense. "Atentados não podem ser respondidos através de ações contra civis. A retaliação contra civis é uma prática típica do exército nazista: Lídice e Guernica são dois exemplos disso", acrescenta a nota. "O governo de Israel ocupa territórios palestinos, ao arrepio de seguidas resoluções da ONU. Até agora, conta com apoio do governo dos Estados Unidos, que se realmente quiser tem os meios para deter os ataques", continua o PT na mensagem. "Feitos sob pretexto de 'combater o terrorismo', os ataques de Israel terão como resultado alimentar o ódio popular e as fileiras de todas as organizações que lutam contra os EUA e seus aliados no Oriente Médio, aumentando a tensão mundial." Logo após a divulgação da nota, a Confederação Israelita do Brasil (CONIB) respondeu com uma carta aberta a Berzoini, publicada no site do órgão, expressando "profundo espanto" pelo "teor do comunicado". "A nota não leva em conta os fatos que ocorrem no Oriente Médio e, particularmente, na Faixa de Gaza, atendo-se apenas a questões recentes e de forma tendenciosa, sem levar em consideração fatores históricos de longo prazo", diz o texto, assinado por Cláudio Luiz Lottenberg, presidente da CONIB. "Rejeitamos ainda sua comparação de qualquer movimento por parte de Israel com o exército nazista", continua a nota. "Convido-o a conhecer um pouco da Historia dos campos de extermínio. Ali, as minorias assassinadas não carregavam morteiros e nem foguetes, não detinham conhecimento de técnicas terroristas nem se escondiam atrás de civis, de forma covarde, como fazem os líderes do Hamas." Cerca de 670 palestinos, incluindo pelo menos 300 civis - ao menos 130 menores de 16 anos -, foram mortos durante a campanha, e mais de 2.900 foram feridos. Sete soldados israelenses e três civis morreram desde que a operação começou.
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