Quarteto pressiona por negociações de paz no Oriente Médio

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O quarteto de mediadores da paz no Oriente Médio, composto por EUA, Rússia, União Europeia e ONU, renovou na quinta-feira seu apelo pela suspensão da ampliação dos assentamentos judaicos em territórios ocupados, dois dias depois de o presidente norte-americano, Barack Obama, dar a impressão de que abandonaria essa pré-condição para a retomada do processo de paz. O grupo disse compartilhar a urgência manifestada por Obama na busca por uma paz durável na região. "O quarteto pede ao governo de Israel que congele toda a atividade dos assentamentos, inclusive seu crescimento natural, e que evite ações provocativas em Jerusalém Oriental," disse o grupo em nota. Israel tem dito que alguns assentamentos serão autorizados a se ampliar, obedecendo ao "crescimento natural" das famílias de colonos, algo a que os palestinos e os Estados Unidos já manifestaram sua objeção. Nesta semana Obama tentou pessoalmente convencer o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, a retomarem as negociações abandonadas desde o ano passado. Na terça-feira, ele pediu "moderação" na questão dos assentamentos, aparentemente abrandando a postura norte-americana anterior de pressionar por negociações sem pré-condições. Palestinos e israelenses exigem concessões da outra parte, reduzindo as perspectiva de um avanço. O quarteto também conclamou a Autoridade Palestina a melhorar a situação da lei e da ordem pública, a combater o extremismo e a parar com incitações. O grupo disse ainda que ambas as partes devem cumprir as obrigações assumidas sob o "mapa da paz" proposto em 2003 pelos EUA, "a despeito da reciprocidade - para criar condições para a retomada das negociações no curto prazo." (Reportagem de Andrew Quinn)

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