PUBLICIDADE

Rebeldes avançam e ONU planeja remover estrangeiros de Trípoli

Retirada aconteceria por mar; estrangeiros ficaram situados após avanços rebeldes

Por ROBERT BIRSEL
Atualização:

BENGHAZI -

PUBLICIDADE

A ONU informou nesta sexta-feira, 19, que vai armar uma operação para retirar, provavelmente por mar, milhares de estrangeiros que não conseguem deixar a capital da Líbia, após os avanços dos rebeldes nos últimos dias, deixando Trípoli sitiada.

 

Veja também:especialLinha do Tempo: 40 anos da ditadura na LíbiaespecialInfográfico: A revolta que abalou o Oriente MédioespecialEspecial: Os quatro atos da crise na Líbia

 

Os insurgentes em luta contra o líder líbio, Muamar Kadafi, transformaram o cenário da luta esta semana com vitórias que os levaram para mais perto da capital. Eles lançaram uma ofensiva a leste da capital, mas estão sofrendo pesadas baixas, segundo um repórter da Reuters que está acompanhando a linha de frente.

Nos últimos dias, os avanços dos rebeldes pelo oeste e sul de Trípoli cortaram as ligações rodoviárias entre a cidade e o mundo exterior e interromperam a linha de suprimentos das forças de Kadafi, deixando-o sob uma pressão sem precedentes em seus 41 anos no governo.

Num sinal de que os combates estão chegando mais perto do círculo de poder de Kadafi, o irmão do porta-voz que é a face pública do líder líbio foi morto num ataque de helicóptero da Otan, na praça central da cidade de Zawiyah.

Publicidade

Uma porta-voz da Organização Internacional para Migração, Jemini Pandya, disse que uma operação para remover milhares de egípcios e outros estrangeiros deve começar nos próximos dias.

"Estamos examinando todas as opções disponíveis, mas provavelmente terá de ser por mar", disse ela em entrevista à imprensa, em Genebra.

Mais de 600 mil estrangeiros, de um total estimado entre 1,5 milhão e 2,5 milhões de estrangeiros -- na maioria trabalhadores provenientes da Ásia ou países da África -- abandonaram a Líbia desde que há seis meses se iniciaram os combates.

No entanto, muitos ficaram em Trípoli, que até esta semana estava longe do conflito e a uma segura distância segura da fronteira tunisiana, onde se chegava de carro em duas horas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.