
25 de agosto de 2011 | 15h39
Os rebeldes entraram na capital esta semana após um levante de seis meses que restringiu as rotas de suprimento e causou escassez de alimentos e medicamentos em partes do país.
"Não haverá mais problemas em relação a suprimentos de alimentos, medicamentos e combustível", disse o presidente do Conselho Nacional de Transição, Mustafa Abdel Jalil, numa entrevista coletiva na cidade de Benghazi, no leste.
Ele afirmou que no quartel-general de Gaddafi em Trípoli havia comida suficiente para alimentar uma cidade de 4 milhões de habitantes -- o dobro da capital -- e remédios para o país inteiro durante um ano.
"Muammar Gaddafi impediu de propósito que os líbios tivessem acesso a esses suprimentos, fazendo com que eles passassem fome", disse Jalil, sem dar detalhes sobre onde os estoques estavam ou o que continham exatamente.
O líder dos rebeldes também disse que uma "grande quantidade" de combustível foi encontrada na refinaria de Zawiya, 50 quilômetros a oeste de Trípoli, apreendida pelos insurgentes este mês.
Os rebeldes invadiram esta semana o complexo Bab al-Aziziya, de Gaddafi, após uma operação relâmpago em Trípoli, aplicando um aparente golpe mortal ao governo de 42 anos do chamado "Irmão Líder" no país do norte da África.
Mas o paradeiro de Gaddafi permanece um mistério e as forças leais ao líder continuam a enfrentar as forças rebeldes em regiões diversas, incluindo Trípoli, Sirte -- cidade natal de Gaddafi --, Sabha e em regiões próximas à fronteira da Tunísia.
Jalil pediu que os combatentes pró-Gaddafi se unissem à revolução, dizendo que agora não tinham desculpas para não fazê-lo.
"A revolução está conquistando vitórias após vitórias dia a dia e eles precisam se unir", disse ele. "Não há mais desculpas para não se unir à revolução."
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