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Rebeldes sírios elegem líder de novo comando militar

Atualização:

Grupos rebeldes sírios escolheram o brigadeiro Selim Idris, um ex-oficial do exército do presidente Bashar al-Assad, para liderar seu novo comando militar predominantemente islâmico, disseram fontes da oposição neste sábado. Idris, cuja província natal de Homs tem sido a frente de batalha do levante sunita, foi eleito por 30 membros militares e civis do comando militar conjunto depois de conversas a que compareceram autoridades de segurança árabes e ocidentais na cidade turca de Antalia. "Saleh não é ideológico, mas foi indicado por assessores destacados que são próximos dos rebeldes salafistas", disse uma das fontes que acompanhou o encontro. O comando conjunto nomeou os comandantes islamistas Abdelbasset Tawil, da província de Idlib, no norte, e Abdelqader Saleh, da província adjacente de Aleppo, como vices de Idris, informou a fonte. O comando unificado inclui muitos ligados à Irmandade Muçulmana e aos salafistas, que seguem uma interpretação puritana do Islã, e exclui os oficiais mais antigos que desertaram os militares de Assad. Sua composição, estimada em dois terços de membros da Irmandade Muçulmana e seus aliados, reflete a força crescente dos combatentes islamistas no campo de batalha e lembra a da liderança da coalizão de oposição civil, sob auspícios árabes e ocidentais, no Qatar no mês passado. Está ausente do grupo o coronel Riad al-Asaad, fundador do Exército Livre da Síria, e o brigadeiro Mustafa al-Sheikh, oficial veterano conhecido por sua oposição à Irmandade Muçulmana. Asaad e Sheikh não participaram do encontro de 263 homens em Antalia. Também foi excluído o general Hussein Haj Ali, o oficial mais graduado a desertar dos militares desde a erupção da revolta em março do ano passado. Autoridades de segurança de Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, do Golfo Pérsico e da Jordânia têm tomado parte nas conversas, que ocorrem dias antes da conferência dos Amigos da Síria, um agrupamento de dúzias de países - incluindo o Brasil - que têm exortado sobretudo a ajuda não-militar aos rebeldes que lutam para depor Assad. (Por Khaled Yacoub Oweis)

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