Relatório da ONU é vitória para os palestinos, diz líder do Hamas

Documento condena partido e Israel por cometerem crimes de guerra na ofensiva à Faixa de Gaza em janeiro

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Por Efe
Atualização:

O líder máximo do Hamas, Khaled Meshaal, considerou aprovação do Relatório Goldstone no Conselho de Direitos Humanos da ONU (CDH) como "uma vitória dos palestinos e de seus mártires", em declarações a rede de televisão Al Jazira nesta sexta-feira, 16.

 

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"Damos as boas-vindas ao resultado da votação no Conselho de Direitos Humanos, que consideramos uma vitória para o povo palestino e para os mártires palestinos", disse Meshaal, que vive exilado em Damasco, à rede de televisão do Catar. Além disso, Meshaal considerou a aprovação do documento como um triunfo do direito e da justiça, já que "faz parte da conta pendente" entre palestinos e Israel.

 

O CDH referendou o citado relatório com o voto a favor de 25 dos 47 membros que o integram, enquanto seis o rejeitaram, 11 se abstiveram e 5 não votaram, fato que o comunicado repercute ao compará-lo com o apoio majoritário da votação para o estabelecimento da comissão que averiguou o ocorrido em Gaza.

 

Só os países islâmicos, africanos e não-alinhados deram um "sim" unânime ao texto, que contou também com o apoio de alguns países latino-americanos, enquanto os europeus votaram divididos.

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Para o secretário-geral do Escritório Político do Hamas, "isto é fruto da luta do povo palestino e sua determinação para apresentar o Relatório à votação com a ajuda dos estados irmãos árabes, de outros estados amigos e de organizações humanitárias.".

 

Além disso, Meshaal pediu que os dirigentes israelenses sejam julgados, pelo que descreveu como "crimes contra os palestinos": "Apelo aos estados do mundo para que os líderes políticos, militares e de segurança de Israel sejam julgados pelos crimes que cometeram contra os palestinos".

 

A resolução condena Israel por não colaborar com a missão de investigação, e solicita que sejam aprovadas as recomendações recolhidas no relatório, que incluem que o Conselho de Segurança da ONU transfira ao Tribunal Penal Internacional a ofensiva de Gaza, se Israel e Hamas não efetuarem investigações.

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