Renúncia de primeiro-ministro palestino complica plano dos EUA

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Por NOAH BROWNING E ALI SAWAFTA
Atualização:

Autoridades palestinas e dos Estados Unidos expressaram otimismo neste domingo de que a renúncia do primeiro-ministro apoiado pelos EUA, Salam Fayyad, não impediria a iniciativa planejada de desenvolvimento de Washington para a Cisjordânia. Fayyad renunciou no sábado depois de meses de tensão com o presidente Mahmoud Abbas, deixando a Autoridade Palestina, que exerce limitada autonomia na Cisjordânia ocupada por Israel, em uma situação confusa, à medida que os Estados Unidos tentam reavivar as negociações de paz com o Estado judeu. Sua saída aconteceu menos de uma semana depois da visita do Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que prometeu um plano para remover "gargalos e barreiras" para o desenvolvimento econômico na Cisjordânia. Kerry disse a repórteres em Tóquio neste domingo que os Estados Unidos prosseguiriam a sua iniciativa e que há "mais de uma pessoa com a qual (os Estados Unidos) podem fazer negócios". Educado nos EUA, Fayyad, um ex-funcionário do Banco Mundial, foi nomeado em 2007 e atraiu elogios ocidentais por seus esforços para desenvolver instituições dignas de um futuro Estado palestino. Mas sua popularidade caiu em meio a 25 por cento de desemprego e a inflação. Autoridades palestinas disseram que Fayyad, pessoa de confiança no Ocidente como um canal não-corrupto para fundos de ajuda, não iria lidar com o plano de desenvolvimento dos EUA como primeiro-ministro interino. Hanan Ashrawi, um alto funcionário da Organização para a Libertação da Palestina, disse que a renúncia de Fayyad foi uma questão política interna e não deve ter influência sobre os esforços ocidentais para estimular a economia.

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