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Republicano apóia proposta democrata para retirada do Iraque

John Warner diz ser fundamental que Casa Branca comece dar os 'primeiros passos' para enviar mensagem 'clara'

Por Efe
Atualização:

O senador republicano John Warner, que defende o início da retirada das tropas americanas no Iraque no final do ano, disse neste domingo, 26, que poderia apoiar a iniciativa democrata para promover a retirada se a Casa Branca não marcar datas.   "Vou ter de avaliar", disse Warner à TV NBC. "Não digo como ameaça. O que digo é que se trata de uma opção que todos temos de considerar".   Warner, o republicano mais influente no Comitê de Forças Armadas do Senado, disse esta semana que é fundamental que a Casa Branca comece a dar os "primeiros passos" da retirada, para enviar uma mensagem "clara e contundente" ao governo iraquiano, à região e aos próprios americanos.   O pedido contrasta com a postura mantida até agora pelo presidente dos EUA, George W. Bush, do mesmo partido de Warner. Ele insistiu que são as condições no front que devem ditar o número de soldados no Iraque.   Paciência   Warner, que até agora se opôs a estabelecer calendários para a retirada de tropas, reiterou neste domingo que os americanos estão perdendo a paciência com a guerra.   Ele destacou que é necessária uma mudança significativa de estratégia em setembro e que a retirada de tropas é a melhor solução.   O debate sobre a guerra aqueceu durante os últimos dias em Washington, a três semanas de o principal comandante das forças americanas no Iraque, general David Petraeus, apresentar um esperado relatório sobre a situação no Iraque ao Congresso americano.   Esse debate revelou divergências no seio do Exército sobre como proceder.   Divergências   O jornal The New York Times dizia neste fim de semana que os comandantes no front defendem uma redução lenta no número de soldados, enquanto os generais em Washington são a favor de um corte mais rápido.   Warner disse que o Departamento de Defesa e os comandantes no front vão conversar durante os próximos dias para tentar conciliar posições.   Os EUA têm cerca de 160.000 soldados no Iraque, inclusive os 30.000 adicionais que foram enviados no início deste ano.

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