NOVA YORK - Nações europeias e os Estados Unidos circularam no Conselho de Segurança das Nações Unidas nesta terça-feira, 23, um rascunho de uma resolução que estabeleceria um embargo de armas e outras sanções sobre a Síria com o objetivo de frear a repressão do governo de Bashar Assad sobre os manifestantes da oposição, disseram diplomatas.
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O texto requer o congelamento dos bens de Assad e outros 22 membros do governo, incluindo Maher, irmão mais novo do presidente, considerado um dos grandes responsáveis pelo derramamento de sangue no país, e Rami Makhlouf, primo de Assad, que controla a rede de telefonia celular e outras empresas na nação árabe.
Duas empresas controladas por Makhlouf e instituições militares sírias também seriam sancionadas e 21 pessoas, entre elas Assad e seu primo, seriam proibidas de viajar.
O vice-embaixador da Grã-Bretanha no órgão, Philip Parham, disse que seu país, Portugal, França, Alemanha e os Estados Unidos apoiaram o rascunho. "Há coisas que podem ser feitas para frear as mortes, libertar presos e permitir a entrada de ajuda humanitária", disse o diplomata. "O foco da resolução é pressionar para atingir esses objetivos", concluiu.
O britânico afirmou que os membros do conselho consultariam seus governos e poderiam votar o texto "nos próximos dias". "Queremos que todos tenham tempo de analisar a resolução cuidadosamente e consultem as capitais. E então, queremos agir, se pudermos, o mais rápido possível", finalizou.
A resolução, porém, pode esbarrar no veto de países próximos de Assad. Vitaly Churkin, embaixador da Rússia na ONU, afirmou que não é o momento certo para que sejam impostas sanções sobre o presidente sírio.