
22 de janeiro de 2014 | 07h27
MONTREAUX, SUÍÇA - O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse que o principal objetivo da conferência de paz da Síria que começou nesta quarta-feira na Suíça é "alcançar um fim para o conflito trágico" e impedir uma disseminação para outros países da região.
Lavrov afirmou, em sua declaração inicial, que "agentes externos" não devem se intrometer nas questões internas da Síria. Ele disse que a oposição política interna deve ser parte do diálogo nacional sírio, e que o Irã, que não faz parte da conferência de paz, deve ser parte do diálogo internacional.
Lapouge: conversações sobre Síria
As negociações internacionais de paz para tratar da guerra civil de quase três anos começaram em Montreux, perto de Genebra, nesta quarta, com um discurso do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Estão presentes à conferência delegações do governo do presidente sírio, Bashar Assad, e de grupos da oposição síria exilada, além da ONU, Estados Unidos e Rússia.
Pressão. Os Estados Unidos abriram a conferência exigindo a saída de Bashar Assad do poder. Nesta manhã, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, alertou que não há como pensar em uma transição política na Síria que inclua a presença de Assad num eventual novo governo. Enquanto as esperanças são de que o evento possa ser o início de uma solução para a guerra que já fez 130 mil mortos, o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, alerta que o mundo está "dividido".
Já o governo sírio acusou países adversários de "tentarem impor democracia pelas bombas", de agirem de forma "estúpida" e como "bárbaros". "Somos nós que representamos o povo", declarou o chanceler sírio Walid Muallem. / REUTERS
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