A expectativa é que o principal ponto da estratégia revista de guerra para o Afeganistão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, seja o envio de mais 30 mil homens para proteger área populosas e treinar forças de segurança afegãs. Washington espera que o possível reforço possibilite uma redução da presença norte-americana no futuro. O general Stanley McChrystal, o principal oficial dos Estados Unidos no Afeganistão, declarou que uma redução de tropas poderia começar em 2013. A Casa Branca afirmou esperar que as forças estejam fora do país em 2017 ou 18. COMBATE À INSURGÊNCIA E TREINAMENTO A expectativa é que Obama mantenha a atual estratégia de combate à insurgência, com um foco maior na proteção dos centros urbanos afegãos, áreas de plantio agrícola e rotas de transporte. Uma das principais prioridades será acelerar o treinamento das forças afegãs que, segundo os planos, substituirão as tropas estrangeiras. PLANO DE RETIRADA Autoridades norte-americanas afirmam que a transição de algumas áreas para o controle afegão poderia começar mais rapidamente em locais mais estáveis. O presidente do país, Hamid Karzai, diz que suas forças devem estar prontas para tomar o lugar de tropas ocidentais em cinco anos, previsão considerada otimista por representantes dos Estados Unidos. O secretário de Defesa, Robert Gates, vê o plano de retirada do Iraque como um possível modelo. AUMENTO DE TROPAS A opção de aumentar o número de tropas tem o apoio de importantes conselheiros de Obama nas áreas militar e de segurança nacional, incluindo o próprio Gates. Hoje, há 68 mil soldados norte-americanos e 42 mil de forças aliadas no Afeganistão. Os comandantes militares esperam que os fuzileiros concentrem-se nos redutos do Taliban no sul do país. Os eventuais reforços também devem ser mandados para o leste, para a região de fronteira com o Paquistão. O reforço de tropas, segundo os planos do Pentágono, deve chegar ao país de forma gradual. ANTICORRUPÇÃO Um ponto chave da estratégia de Obama é levar o governo de Karzai a reprimir a corrupção e melhorar a governança. Autoridades norte-americanas afirmam que isso é importante para que afegãos apóiem o governo, e não o Taliban. PAQUISTÃO Os Estados Unidos querem ver a repressão a líderes do Taliban no Pasquistão. CUSTOS A Casa Branca estima que custará cerca de um milhão de dólares por ano para cada soldado adicional enviado ao Afeganistão. (Reportagem de Adam Entous)