20 de maio de 2011 | 10h24
A Otan declarou nesta sexta-feira ter afundado oito dos navios de guerra de Gaddafi, enquanto cresce a pressão militar e diplomática sobre o líder líbio, cuja saída Obama descreveu como "inevitável".
Obama discursava sobre o Oriente Médio e o norte da África, onde levantes derrubaram governantes autoritários nos últimos meses na Tunísia e no Egito e inspiraram a revolta líbia.
"O tempo está contra Gaddafi. Ele não tem controle sobre seu país. A oposição organizou um Conselho Interino legítimo e crível", disse Obama em Washington na quinta-feira.
"Quando Gaddafi inevitavelmente sair ou for forçado a deixar o poder, décadas de provocações terminarão e a transição para uma Líbia democrática pode prosseguir", afirmou, defendendo sua decisão de adotar ações militares contra o governo do líder líbio.
Após três meses de tumulto, os rebeldes controlam o leste da Líbia e parcelas do oeste, mas o conflito chegou a um impasse quando as tentativas rebeldes de tomar a capital fracassaram.
Os comentários de Obama ecoaram o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, que disse que a pressão militar e política está enfraquecendo Gaddafi e levará à sua queda.
"Obama continua delirando", disse Mussa Ibrahim, porta-voz do governo líbio. "Ele acredita nas mentiras que seu próprio governo e a mídia espalham pelo mundo... não é Obama quem decide se Muammar Gaddafi sai da Líbia ou não, é o povo líbio."
(Reportagem adicional de David Brunnstrom em Bruxelas; David Lewis em Dacar, Isabel Coles no Cairo, Souhail Karam em Rabat)
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