Seculares e xiitas negociam aliança para formar governo de coalizão no Iraque

Partido laico e legenda ligada a clérigo radical manifestam 'pontos de interesse comuns'

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O partido secular Iraqiya, do ex-premiê Ilad Alawi, anunciou nesta quarta-feira, 18, que planeja começar a negociar uma coalizão com os xiitas da Aliança Nacional Iraquiana, do clérigo radical Moqtada al-Sadr, para pôr fim a um impasse político de cinco meses no Iraque.

PUBLICIDADE

Em comunicado, Alawi disse que há pontos de vista verdadeiros que quase coincidem entre os dois grupos. A Iraqiya é formado tanto por sunitas quanto por xiitas seculares. A Aliança Nacional Iraquiana é composta por xiitas religiosos. Representantes dos dois partidos se reuniram na sede da Iraqiya em Bagdá na quarta-feira. No último dia 16, fracassaram as negociações do grupo de Alawi com os xiitas seculares da Aliança para o Estado de Direito, do atual premiê Nouri al-Maliki."Foi uma reunião importante e positiva para nós", acrescentou Alawi, que disse também que as negociações não sofrerão interferência estrangeira. O líder dos sadristas, Qusai al-Soheil afirmou que as reuniões começaram pela crescente complexidade da situação política. De acordo com fontes ligadas ao partido, Moqtada al-Sadr tem discutido a situação política no país com o aiatolá Ali al-Sistani, a maior autoridade xiita iraquiana.

 

Cinco meses depois das eleições legislativas de 7 de março, os iraquianos ainda aguardam a composição de um governo de coalizão para apontar o novo primeiro-ministro. As eleições foram vencidas pela Iraqiya, com 91 das 325 cadeiras do Parlamento, frente a 89 da coalizão de Maliki. A Aliança Nacional Iraquiana tem 70 cadeiras, e o partido curdo, 43.

 

Os sunitas seculares governaram o Iraque liderados por Saddam Hussein e reprimiram fortemente a população curda e xiita, maioria no país. Com a derrubada do ex-ditador, os xiitas assumiram o poder nas primeiras eleições realizadas em 2005.

 

Com informações da Efe

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.