PUBLICIDADE

Série de atentados coordenados deixa mais de 60 no Iraque

Atentados ocorrem a pouco mais de uma semana da retirada das tropas americanas do país

Atualização:

 

BAGDÁ - Mais de uma dezena de atentados coordenados contra forças de segurança no Iraque deixou mais de 60 mortos nesta quarta-feira, 25. Os ataques ocorrem menos de uma semana antes de os EUA encerrarem formalmente suas operações de combate no país. O número de vítimas ainda não foi confirmado oficialmente e pode mudar.

 

PUBLICIDADE

Veja também:especialGuerra do Iraque: do início ao início do fimOs ataques também feriram mais de 200 pessoas. O Iraque enfrenta problemas de segurança e uma tensa situação política. Mais de cinco meses depois de uma eleição que não resultou em um claro vencedor, o governo ainda não foi formado. Na cidade de Kut, cerca de 150 quilômetros ao sul de Bagdá, um ataque suicida com carro-bomba matou pelo menos 30 policiais e feriu 87, disse o tenente-coronel Aziz al-Amarah, comandante da unidade policial de resposta rápida na província de Wasit. "Partes do prédio desabaram e ainda há corpos de policiais sob os escombros, incluindo o do chefe de polícia", disse Amarah por telefone.

 

Segundo testemunhas, a explosão de um carro-bomba em um quartel policial no nordeste de Bagdá deixou pelo menos 15 mortos e 58 feridos. O prédio ficou severamente danificado. Também na capital, mas na região norte, três pessoas morreram e outras 12 ficaram feridas pela explosão de um carro-bomba perto de uma praça.

 

Além disso, um oficial da polícia iraquiana morreu e outros dois agentes ficaram feridos em um ataque realizado por um grupo de homens armados contra um posto de controle policial no sudoeste de Bagdá. A explosão de mais duas bombas no centro de Bagdá deixou pelo menos oito civis feridos.

 

Fora da capital

 

Em mais um atentado com carro-bomba contra outra delegacia, mas na cidade de Kerbala, a 110 quilômetros de Bagdá, seis pessoas morreram e quatro sofreram ferimentos, entre elas dois policiais.

  

Publicidade

Na cidade de Al-Maqdadiya, 40 quilômetros a nordeste de Baquba, capital da província de Diyala, um carro-bomba foi detonado contra o escritório do governador e matou três pessoas, deixando outros 17 feridos, sendo 12 policiais.

 

Além disso, uma bomba explodiu em um mercado popular na zona de Bahraz, 10 quilômetros ao sul de Baquba, durante a passagem de uma patrulha da polícia iraquiana, causando a morte de um oficial e deixando outro ferido. Pouco depois, foi detonada outra bomba, coincidindo com a chegada de reforços da Polícia ao local. A segunda detonação deixou quatro agentes feridos.

 

A fonte acrescentou que depois de cerca de meia hora foram detonados simultaneamente outros três explosivos junto a casas próximas. Como consequência da tripla explosão, um civil morreu e outros cinco ficaram feridos, dois em estado grave. A polícia impôs o toque de recolher na região para evitar mais ataques.

 

Outro civil faleceu na localidade de Baladruz, a 50 quilômetros de Baquba, também pela detonação de uma bomba. Além disso, a fonte indicou que 10 pessoas sofreram ferimentos de diferentes gravidades pela explosão de um carro-bomba perto de uma delegacia no centro de Basra, a 550 quilômetros de Bagdá.

 

Em outro incidente, quatro homens morreram enquanto colocavam artefatos explosivos: dois pela explosão de uma bomba que tentavam colocar em uma estrada de Al Faluja, 50 quilômetros a oeste de Bagdá, e outros dois pela explosão de um veículo carregado de explosivos que estava sendo estacionado em uma rua do centro de Ramadi, capital da província ocidental de Al-Anbar.

 

Cenário

 

Mais de 4.400 soldados dos EUA e pelo menos 100 mil civis iraquianos morreram por conta da violência sectária e da ação da insurgência no Iraque desde a invasão em 2003.

Publicidade

 

Os níveis de violência decaíram drasticamente desde a grande onda de conflitos sectários de 2006 e 2007, mas ataques suicidas e de homens armados ocorrem quase que diariamente.

 

(Atualizado às 10h04)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.