Sindicato em Gaza suspende protestos por salários e dá prazo ao governo

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Por NIDAL AL-MUGHRABI
Atualização:

O sindicato do setor público de Gaza suspendeu os protestos nesta quarta-feira que haviam paralisado a economia local e ameaçavam o acordo sobre um governo de unidade palestino, mas disse que vai retomar a sua ação se os seus membros não receberem seus salários. A disputa envolvendo o pagamento de cerca de 40 mil funcionários públicos começou na semana passada, logo depois que o Hamas, que governa Gaza desde 2007, e o movimento Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, formaram um governo de unidade, com tecnocratas, para por fim aos conflitos de anos. Como parte dos protestos no enclave costeiro, a polícia leal ao Hamas bloqueava o acesso a bancos locais desde a semana passada. Quando suspenderam o bloqueio nesta quarta-feira, os moradores de Gaza formaram longas filas para retirar dinheiro de caixas eletrônicos. "Demos ao governo de unidade uma semana para resolver a crise e encontrar uma solução, caso contrário todas as possibilidades estão abertas para uma escalada dos protestos", disse Mohammed Seyam, diretor do sindicato em Gaza. O novo governo, com base na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, enfureceu os funcionários públicos contratados pelo Hamas em Gaza ao longo dos últimos sete anos, dizendo que iria avaliá-los antes de pagar os salários - um processo que pode levar meses. Os trabalhadores estão especialmente ressentidos porque a Autoridade Palestina (AP), presidida por Abbas em Ramallah, vem pagando a sua própria força de trabalho de mais de 70 mil pessoas em Gaza desde 2007, embora a maioria deles já não trabalhe sob o governo do Hamas. (Reportagem de Nidal al-Mughrabi)

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