25 de março de 2009 | 16h10
"A situação intolerável nas passagens de Gaza permanece o impedimento-chave para levar ajuda - e esperança - à população de Gaza", disse o subsecretário-geral da ONU, Lynn Pascoe, ao Conselho de Segurança da organização durante um debate mensal sobre o conflito de décadas entre Israel e os palestinos.
No começo da semana, o primeiro-ministro israelense que está deixando o poder, Ehud Olmert, prometeu aos doadores do Ocidente que Israel suspenderia as restrições ao fornecimento de alimentos em Gaza após um desentendimento com Washington sobre comboios com macarrão e queijo que foram impedidos de entrar na faixa territorial.
Mas Pascoe, um ex-diplomata norte-americano, disse aos membros do conselho que, embora tenha havido um aumento na quantidade de bens autorizados a entrar na Faixa de Gaza, "a qualidade e a quantidade de importações são insuficientes".
Ele afirmou que a ONU pediu que Israel "cumpra suas obrigações determinadas pela lei humanitária internacional e abra as passagens para suprimentos de emergência e materiais de construção, sem os quais não haverá uma maneira de reconstruir Gaza".
Israel diz ter aberto a fronteira de Gaza para quantias maiores de alimentos e medicamentos desde a ofensiva de dezembro e janeiro contra militantes do Hamas. A guerra destruiu cerca de 5 mil residências e - de acordo com números de um grupo de direitos humanos palestino - matou 1.417 pessoas.
Além de restrições ao que considera bens de luxo, como cigarros e chocolates, Israel bloqueou a entrada de materiais como cimento e aço para a reconstrução, porque considera que eles podem ser usados para rearmamento.
Pascoe também expressou preocupação com a ausência de um cessar-fogo permanente apesar dos esforços do Egito em negociar um acordo.
"Na ausência de um cessar-fogo, a violência continua", afirmou ele. "Durante o período relatado (entre meados de fevereiro e meados de março) mais de 100 foguetes e morteiros foram disparados contra Israel a partir de Gaza. Esses ataques, alvejando áreas civis, são irresponsáveis e precisam parar."
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