25 de agosto de 2007 | 15h11
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, afirmou neste sábado, 25, que a situação no Iraque está "melhorando" e pediu paciência aos americanos em meio à crescente pressão para começar a retirada de tropas do país árabe. "O êxito dos últimos meses demonstrou que as condições no local podem mudar e estão mudando", disse Bush no programa de rádio semanal. Segundo ele, a nova estratégia implantada no início do ano com a aprovação do envio de mais 30 mil soldados ao Iraque "não pode triunfar da noite para o dia". Bush alegou que apoiar o povo iraquiano para construir um país democrático seria "um golpe devastador na Al-Qaeda, ajudaria os EUA a oferecer esperança a milhões de pessoas no Oriente Médio, a ganhar um amigo e um aliado na guerra contra o terrorismo e deixar os americanos mais seguros". O presidente americano enfrenta uma pressão crescente por parte dos democratas e influentes congressistas republicanos para realizar a retirada militar do Iraque. No começo da semana, Bush fez uma comparação com a Guerra do Vietnã, ao mencionar o surgimento do Khmer Vermelho no Camboja e a violência no próprio Vietnã após a saída dos EUA, para causar temores sobre possíveis conseqüências de uma retirada do Iraque. Mas isso não convenceu membros de seu próprio partido. Na quinta-feira, o senador republicano John Warner pediu uma retirada inicial de 5 mil soldados até dezembro. Warner não apoiou a imposição de um calendário para a saída, embora espera-se que os democratas voltem a aumentar a pressão no mês que vem para conseguir marcar prazos claros para a volta das tropas. O debate sobre a Guerra do Iraque subiu de tom nos últimos dias, a apenas três semanas de o Congresso receber um relatório sobe a situação no Iraque, elaborado pelo principal comandante das forças americanas no conflito, o general David Petraeus.
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