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Tensão aumenta no Afeganistão, ONU pede a Abdullah que retorne a processo eleitoral

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Atualização:

A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu ao candidato presidencial afegão Abdullah Abdullah que retorne ao processo eleitoral, depois de ele ter saído no início desta semana, acusando os organizadores e o presidente de fraude. "Acreditamos que a tarefa diante de nós é ter os candidatos plenamente envolvidos de volta no processo eleitoral", disse vice-chefe da ONU Nicholas Haysom a repórteres em Cabul. "Gostaríamos de enfatizar que não há outra maneira de eleger um líder legítimo." A retirada de Abdullah intensificou preocupações sobre uma luta pelo poder em torno de linhas étnicas, lançando dúvidas sobre a tentativa do Afeganistão de transferir o poder democraticamente pela primeira vez em sua história. Enquanto a contagem dos votos continua, a retirada de Abdullah tem aumentado a tensão em todo o país. Pelo menos um mortal tiroteio irrompeu entre partidários rivais esta semana. A eleição ocorre enquanto a maioria das tropas estrangeiras está planejando deixar o Afeganistão até o final do ano. O estado frágil da sociedade foi sublinhado no sábado por um atentado suicida que visava um funcionário do governo. A equipe de Ghani disse que é a favor de qualquer processo que aumente a transparência dos órgãos eleitorais, mas quer que a eleição permaneça sob o controle local. "Nós respeitamos o papel da ONU ... mas qualquer solução deve ser liderada por afegãos e não deve afetar o trabalho da Comissão Eleitoral Independente e da Comissão de Reclamações", disse o porta-voz Abbas Noyan. As comissões foram duramente criticadas por falta de transparência. Ambos os candidatos dizem que não conseguiram julgar adequadamente os casos de fraude, permitindo que centenas de milhares de votos falsos fossem incluídos na contagem final. (Por Jessica Donati e Mirwais Harooni)

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