Terremoto no Irã mata 250 e fere 2.000

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Por YEGANEH TORBATI
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Hospitais lotados no noroeste do Irã se esforçam neste domingo para atender as milhares de vítimas do terremoto no país. Os serviços de resgate, enquanto isso, tentam alcançar vilarejos remotos, depois que os dois fortes tremores mataram pelo menos 250 pessoas. Milhares de pessoas deixaram as suas casas depois do terremoto deste sábado, temerosas pela possibilidade de novos tremores. Sem barracas e outros suprimentos, algumas delas ficam nas ruas, segundo relatou uma testemunha à Reuters. O vice-ministro do Interior, Hassan Ghadami, disse a uma agência de notícias que 250 pessoas tinham morrido. O porta-voz da Crescente Vermelha, Hossein Derakhshan, falou em mais de 2.000 feridos. O número de vítimas deve aumentar, segundo autoridades, já que alguns dos feridos estão em situação crítica, e há centenas de pessoas presas nos escombros. "Eu vi pessoas que tiveram a casa inteira destruída", disse Tahir Sadati, um fotógrafo local, por telefone. "As pessoas precisam de socorro, de roupas, barracas, cobertores, pão." A pior situação parece ser nas vilas rurais em torno das cidades Ahar, Varzaghan e Harees, perto de Tabriz, centro urbano de maior porte, de acordo com a mídia iraniana. Muitos vilarejos são difíceis de alcançar por estrada, o que prejudica a chegada de socorro. Hospitais das cidades da região receberam muitos dos feridos, e há longas filas de sobreviventes à espera de atendimento. Um morador de Tabriz disse que foi doar sangue num hospital local neste sábado e viu os médicos lutando para atender todos os pacientes. Muitos foram levados até o hospital por seus familiares, indicando falta de ambulâncias. O primeiro tremor do sábado atingiu magnitude 6,4 e ocorreu 60 km a nordeste de Tabriz, uma cidade longe das áreas de petróleo e das usinas nucleares conhecidas do Irã. O segundo tremor ocorreu 11 minutos depois e teve magnitude 6,3. Doze vilas foram destruídas, e cerca de 60 tiveram mais do que a sua metade danificada, segundo a imprensa iraniana. Cerca de 110 vilarejos foram atingidos, de acordo com o Ministério do Interior. (Reportagem adicional por Marcus George e Zahra Hossenian)

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