Toque de recolher é desrespeitado após protestos na capital da Tunísia

Disparos e ruídos de vidros quebrados foram ouvidos em algumas áreas de Túnis

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Atualização:

Manifestantes protestam contra desemprego e corrupção do país.

 

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TÚNIS - Grupos de centenas de jovens desafiaram na noite da quarta-feira o toque de recolher e fizeram manifestações em alguns bairros ao norte da capital da Tunísia e em vários distritos operários dos arredores, informaram fontes da oposição e testemunhas.

 

A dois quilômetros do Palácio Presidencial, os manifestantes percorreram as ruas em ritmo acelerado e protestaram com assobios. Em algumas áreas foram ouvidos disparos e ruídos de vidros quebrados. Grupos de jovens queimaram ao menos um estabelecimento comercial.

 

O novo ministro do Interior tunisiano, Ahmed Fria - que assumiu o cargo na quarta-feira após a destituição de Rafik Belhaj Kacem - anunciou a instauração do toque de recolher como "medida adotada para proteger aos cidadãos".

 

Ele precisou a aplicação de forma provisória na capital e nas zonas periféricas que conformam o Grande Túnis (Ben Arous, Ariana e a Manouba). A proibição de sair às ruas vale das 20 horas no horário local (17 horas de Brasília) até as 5h30.

 

O último número oficial de vítimas fornecido pelo governo na terça-feira falava em 21 mortos em todo o país desde que começaram os distúrbios em meados de dezembro, enquanto os partidos de oposição e os sindicatos se referem a mais de 50 vítimas mortais.

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