Total de mortos em cidade síria chega a 100 após 'barris de bombas', diz grupo

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Mais de 100 pessoas foram mortas e outras ficaram feridas por "barris de bombas" jogados por helicópteros do Exército sírio em Aleppo pelo terceiro dia consecutivo nesta terça-feira, afirmou a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF). As vítimas sobrecarregaram os já danificados hospitais da cidade, no norte do país, onde o MSF está fornecendo suprimentos médicos, disse o grupo de ajuda. "Nos últimos três dias, os helicópteros têm alvejado diferentes áreas, entre elas uma escola e a rotatória Haydarya, onde as pessoas aguardam os veículos do transporte público", disse o coordenador do MSF na Síria, Aitor Zabalgogeazkoa. "Os ataques repetidos muitas vezes levam ao caos, tornando mais difícil o tratamento dos feridos e aumentando, assim, o número de mortos", disse ele em comunicado. As forças de segurança do presidente sírio, Bashar al-Assad, mobilizam com frequência o poder aéreo e de artilharia contra zonas controladas pelos rebeldes em toda a Síria. O governo não tem conseguido recuperar o leste e o centro de Aleppo, áreas tomadas pelos rebeldes no ano passado, mas tem expulsado combatentes de outras cidades a sudeste de Aleppo nas últimas semanas. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que na segunda-feira disse que 76 pessoas foram mortas por barris de bombas em Aleppo no domingo, afirmou que 15 pessoas, incluindo duas crianças, morreram em ataques aéreos de caças no distrito de Shaar, em Aleppo, nesta terça-feira. O grupo, com sede na Grã-Bretanha, não disse se as mortes foram causadas por barris de bombas, que são cilindros cheios de explosivos ou de petróleo, muitas vezes jogados da parte de trás de helicópteros e capazes de causar mortes generalizadas e danos significativos. (Reportagem de Stephanie Nebehay, em Genebra, e de Dominic Evans, em Beirute)

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