Um tribunal iraquiano condenou nesta quinta-feira, 14, 11 iraquianos à pena de morte por envolvimento nos atentados terroristas cometidos em Bagdá em 19 de agosto do ano passado, nos quais morreram cerca de 100 pessoas, informou o canal de televisão iraquiano Al Iraqiya.
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Segundo o canal, que não citou fontes, os 11 foram condenados por estar envolvidos, planejar e executar a série de atentados contra os Ministérios de Assuntos Exteriores e das Finanças.
O julgamento começou este mês, segundo tinha anunciado o presidente do Tribunal de Cassação de Al-Rusafa (leste de Bagdá) Jaafar Mohsen, que na semana passada afirmara que tinham sido reunidas provas confirmando a identidade dos culpados.
Após os atentados, cometidos com dois caminhões-bomba em um dia que ficou conhecido como "quarta-feira sangrenta", as forças de segurança iraquianas e o primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, acusaram a Al Qaeda e os "restos" do partido Baath de Saddam Hussein de estar por trás dos ataques nos quais 95 pessoas morreram.
A Polícia iraquiana tinha anunciado no final de agosto a detenção de 14 pessoas acusadas de envolvimento nos atentados, entre elas o dono dos caminhões.
Segundo as informações divulgadas então pelo Ministério do Interior, o autor do atentado perto do Ministério de Assuntos Exteriores tinha sido preso pelas tropas americanas e libertado três meses antes do ataque.
Além dos fatos de agosto do ano passado, em Bagdá, outras duas séries de atentados atingiram o país. A mais sangrenta ocorreu em 8 de dezembro, em Bagdá, e nela morreram 127 pessoas e outras 450 ficaram feridas.