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Tribunal da ONU adia julgamento de ex-presidente da Libéria

Charles Taylor é acusado de crimes de guerra durante a guerra civil em Serrra Leoa, na África

Por Efe
Atualização:

O ex-presidente liberiano Charles Taylor boicotou seu processo nesta quarta-feira pela segunda vez consecutiva ao não se apresentar na sala do Tribunal Especial de Serra Leoa e o julgamento foi adiado até a próxima sexta-feira. A juíza que preside o caso, Teresa Doherty, informou à sala que "Taylor recusou seu direito a se apresentar" e esclareceu que "não há razão médica alguma" que explique sua ausência.

No início da audiência, uma integrante da equipe de defesa, que não é representante legal de Taylor, informou à corte que desconhecia os motivos da ausência do acusado na sala e a promotoria pediu então que os juízes checassem se não havia motivos médicos para isso. O Tribunal julga Taylor desde 2008 por crimes de guerra cometidos durante a guerra civil em Serra Leoa (1991-2002).Nesta quarta-feira, começou a fase final do processo, na qual as partes devem apresentar suas últimas alegações antes da sentença. Taylor aproveitou um intervalo para não voltar à sala, depois que seu advogado abandonou a audiência como protesto pelos juízes terem rejeitado um documento apresentado fora de prazo e que era considerado vital para a defesa.Taylor, de 63 anos, é acusado de colaboração com organização rebelde de Serra Leoa RUF, à qual financiava em troca do controle das minas de diamantes no país vizinho à Libéria.

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