
15 de dezembro de 2009 | 08h25
Um tribunal de Londres emitiu no sábado, 12, uma ordem de detenção contra a líder da oposição israelense e ex-chanceler, Tzipi Livni, acusando-a de crimes de guerra durante a invasão da Faixa de Gaza em dezembro de 2008, um dia antes do previsto para que a ex-ministra de Exteriores pronunciasse uma conferência na capital britânica.
Livni devia discursar no Fundo Nacional Judeu em Londres, mas, há duas semanas, desistiu da planejada conversa. No entanto, segundo o jornal "The Guardian", o tribunal suspendeu a ordem de detenção, ao comprovar que ela não estaria em solo britânico. A ordem de prisão foi pedida por advogados de vítimas palestinas do conflito.
O porta-voz do dirigente do partido Kadima em Jerusalém disse que a decisão de Livni de não viajar ao Reino Unido foi motivada por questões de calendário, e não pelo temor de ser detida pela polícia britânica.
A ordem de detenção emitida pela Justiça causou irritação no Ministério de Assuntos Exteriores britânico, segundo o jornal "Financial Times". O Reino Unido está determinado a fazer tudo o possível para promover a paz no Oriente Médio e ser um aliado estratégico de Israel", afirma um comunicado emitido pelo ministério."Para isso, os políticos israelenses têm de poder vir ao Reino Unido manter conversas com o governo britânico. Estamos estudando urgentemente as implicações do ocorrido", acrescenta o comunicado.
Ministério de Exteriores de Israel também protestou hoje contra a ordem de detenção, e pediu o fim do "cinismo". "Rejeitamos o cínico processo judicial iniciado por extremistas contra a chefe da oposição Tzipi Livni", diz um comunicado do ministério israelense, com o qual Israel pede a Londres que cumpra suas promessas de frear este tipo de processo por crimes de guerra contra seus ministros e oficiais do Exército.
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