
25 de março de 2012 | 13h36
O editor do jornal Ozgur Gundem, Huseyin Aykol, afirmou que o tribunal, em decisão divulgada na noite de sábado, citou reportagens do jornal sobre as celebrações do Ano Novo curdo nas montanhas de Qandil, ao norte do Iraque, como um exemplo.
As montanhas de Qandil são a principal base dos militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que pegaram em armas em 1984 para um auto-governo. Tanto Ancara quanto a União Europeia e os Estados Unidos classificam o PKK como uma organização terrorista.
"Nós sofremos um grande número de prisões e uma pressão intensa ao longo do ano. Não queremos nos habituar a isso", disse Aykol à Reuters.
Em dezembro, a polícia deteve vários jornalistas do jornal e confiscou computadores como parte de uma repressão contra espaços curdos na mídia.
Aykol disse ainda que um total de 109 editores e jornalistas das agências Dicle e Firat e dos jornais Azadiya Welat e Ozgur Gundem estão detidos atualmente. A maioria está à espera de julgamento, mas alguns já foram condenados.
(Reportagem de Simon Cameron-Moore)
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.