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Troca de tiros e ataques na Faixa de Gaza mata pelo menos 26

Entre os alvos atingidos neste domingo, de acordo com os israelenses, está a casa do chefe militar do Hamas

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Por Redação
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Os arredores da Cidade de Gaza foram palco de violentas trocas de tiros neste domingo, 11, entre militares israelenses e militantes palestinos e ataques aéreos. Pelo menos 26 pessoas teriam morrido, segundo fontes médicas. Os ataques ocorreram horas antes da reunião de cúpula do governo israelense para discutir a intensificação da ofensiva. Israel afirmou ter lançado mais de 60 bombardeios aéreos contra a Faixa de Gaza nesta madrugada. Entre os alvos atingidos, de acordo com os israelenses, está a casa do chefe militar do Hamas Ahmed Yabri. Desafiando os apelos internacionais, o ataque deste domingo matou 14 militantes palestinos e outros 12 civis. Veja também: Ofensiva deve continuar até atingir objetivo, diz Olmert Israel e Hamas prometem seguir com a luta na Faixa de Gaza Embaixador brasileiro no Egito fala da negociação entre Hamas e Egito  Correspondente do 'Estado' fala sobre o conflito  Especial traz mapa com principais alvos em Gaza  Linha do tempo multimídia dos ataques em Gaza  Bastidores da cobertura do 'Estado' em Israel  Conheça a história do conflito entre Israel e palestinos  Veja imagens de Gaza após os ataques     No encontro, o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, afirmou que a ofensiva deverá continuar até atingir seu objetivo, apesar das grandes que os militares do país já fizeram. O correspondente da BBC em Jerusalém, Mike Sergeant, afirmou que o comando militar de Israel já está impaciente com a demora na decisão do governo sobre a próxima fase da ofensiva. Combates em ruas deixaram ao menos 10 militantes mortos, segundo informações de médicos palestinos. Outros três morreram em ataques aéreos do exército israelense. Segundo testemunhas, um tiro de tanque matou cinco mulheres e um homem em Beit Lahiya, que tinham voltado para casa para tomar banho, e outra mulher em Nusseirat, na região central. Outros quatro membros de uma família, um deles membro da força policial do Hamas, foram alvos de um ataque aéreo ao norte de Gaza, e mais um civil foi morto ao sul de Khan Younis, conforme informações médicas. Bombardeios israelenses nas aldeias ao sul da Cidade de Gaza ainda deixou outra mulher morta e cerca de 15 casas em chamas, segundo testemunhas. Cerca de 50 pessoas tiveram ferimentos ou inalaram fumaça. Fósforo branco No sábado à noite, fontes médicas palestinas acusaram militares israelenses de disparar contra um povoado munição de fósforo branco, substância capaz de provocar queimaduras graves, normalmente usada como bomba de fumaça. O governo israelense desmentiu as acusações veementemente. Bombas de fósforo branco são proibidas, de acordo com convenções internacionais de guerra. De acordo com as Forças de Defesa de Israel (FDI), os bombardeios deste domingo tiveram como alvo túneis, armazéns de armas e uma mesquita que supostamente estaria sendo usada para esconder armamento. As FDI também confirmaram que sua infantaria se envolveu em "diversos incidentes". Sábado No sábado, Israel havia bombardeado panfletos nos arredores da Cidade de Gaza avisando os moradores sobre os planos de intensificar a ofensiva. As forças israelenses também atacaram locais supostamente usados para o lançamento de foguetes, armazéns de armas e túneis usados para contrabando. Militantes do Hamas lançaram vários foguetes contra cidades israelenses, ferindo duas pessoas em Ashkelon. Fontes hospitalares em Gaza afirmam que mais de 800 palestinos já morreram desde o início da ofensiva, duas semanas atrás. Treze cidadãos israelenses também foram mortos nos recentes conflitos, a maioria deles soldados. Os panfletos e mensagens telefônicas, em árabe, pediam aos moradores de Gaza que ficassem distantes de locais ligados ao Hamas, afirmando que as Forças de Defesa Israelenses (IDF, na sigla em inglês) não estão atacando palestinos civis, mas "apenas o Hamas e terroristas". Atualizado às 10h12 para acréscimo de informações

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