Turquia planeja criar embaixada em Jerusalém Oriental, diz Erdogan

Intenção do presidente turco, apoiado por líderes muçulmanos, é que o mundo reconheça a região como a capital da Palestina

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Atualização:

ISTAMBUL - Após a decisão dos países muçulmanos tomada no encontro da Organização para a Cooperação Islâmica, de reconhecer Jerusalém Oriental como a capital do Estado Palestino, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan anunciou que pretende abrir uma embaixada na região. A fala ocorreu durante um discurso a membros do seu partido.

Vista geral de Jerusalém e o Domo da Rocha Foto: THOMAS COEX/AFP

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“Se Deus quiser, o dia está proxímo em que, com a permissão de Deus, vamos abrir nossa embaixada lá", disse ele. Não ficou claro como a Turquia poderia executar o plano, já que Israel controla toda Jerusalém e chama a cidade de sua "indivisível capital", o que o presidente americano, Donald Trump, reconheceu no último dia 6 de dezembro

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Mas os palestinos querem que a capital de seu Estado seja Jerusalém Oriental, que foi anexada por Israel na Guerra dos Seis Dias em 1967, em um movimento que não foi reconhecido pela comunidade internacional.

A decisão das nações muçulmanas foi uma resposta ao novo posicionamento americano, que acaba com décadas de negociações e consenso internacional que determinam que o status da cidade precisa ser definido nas negociações de paz entre israelenses e palestinos.

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Jerusalém, cidade sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos, é onde se localiza o terceiro mais sagrado templo do Islã, assim como o Muro das Lamentações, reverenciado pelos judeus – ambos no setor oriental. A cidade está no centro do conflito entre israelenses e palestinos há decadas.

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Embaixadas estrangeiras em Israel, incluindo a da Turquia, se localizam na cidade de Tel Aviv, justamente por conta dessa disputa.

Um comunicado divulgado na quarta-feira após a reunião da Organização para a Cooperação Islâmica, que inclui alguns países que são aliados dos americanos, disse que o movimento de Trump indicava a renúncia dos EUA ao papel de patrocinador da paz no Oriente Médio. /REUTERS

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