Violência continua na Síria apesar de acordo com Liga Árabe

Três pessoas morreram em Homs, onde ativistas afirmam que repressão não teve fim

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Atualização:

AMÃ - Tanques sírios mataram ao menos três pessoas na cidade de Homs na manhã desta sexta-feira, 4, durante uma violenta repressão das forças de segurança contra manifestantes, apesar dos acordos que foram feitos entre o governo da Síria e a Liga Árabe para impedir o uso da força e promover a negociação com a oposição.

 

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As mais recentes mortes ocorreram depois de um dia sangrento em Homs, onde, segundo ativistas, ao menos 22 pessoas morreram quando tanques bombardearam o distrito de Bab Amro e tropas e franco-atiradores dispararam em outras áreas da cidade. Homs se tornou um foco de protestos contra o governo e da insurgência. Uma testemunha, que pediu para não ser identificada, disse ter visto dezenas de corpos de civis com marcas de balas no Hospital Nacional da cidade, controlado pelas forças de segurança. Não houve confirmação independente da matança. Duros controles sobre a mídia têm dificultado a confirmação de eventos na Síria desde que os protestos contra o presidente Bashar Assad começaram, em março, inspirados por outras revoltas contra autocratas no mundo árabe.

 

O acordo fechado com a Liga Árabe prevê o fim da repressão, a retirada das forças de segurança das ruas, o início do diálogo com a oposição e outras condições. Diplomatas do grupo disseram que, caso Damasco não cumpra com sua palavra, novas medidas serão adotadas.

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