LONDRES - O ex-espião Serguei Skripal e sua filha, Yulia, estiveram expostos pela primeira vez ao agente neurotóxico que os envenenou na porta de sua residência, onde foi encontrada uma maior concentração do produto químico, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira, 29, pela polícia.
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Skripal e sua filha estão hospitalizados desde que foram encontrados inconscientes em um parque em Salisbury, no sul da Inglaterra, em 4 de março. Dias depois, o governo britânico disse que era altamente provável que a Rússia fosse responsável pelo ataque e, em retaliação, decidiu expulsar 23 diplomatas russos.
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A polícia informou que a investigação está concentrada na casa de Skripal, em Christie Millier Road, já que no local foi encontrada a maior concentração do agente Novichok, de fabricação russa, na maçaneta da porta.
Os investigadores isolaram os acessos e o banco do parque no qual as duas vítimas foram encontradas, assim como o pub e o restaurante que eles visitaram e o túmulo da mulher do ex-espião.
Cerca de 250 agentes da unidade antiterrorista da Scotland Yard trabalham na investigação e estão dedicados, segundo os veículos de imprensa, a analisar mais de 5 mil horas de imagens registradas pelas câmeras de segurança na cidade.
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As autoridades russas insistem que Londres ainda não apresentou provas que Moscou tenha sido responsável pela ação e negou qualquer participação no ataque. Além do Reino Unido, outros países, como EUA e Austrália, também decidiram expulsar diplomatas russos.
Estado de saúde
O estado de saúde de Yulia vem “melhorando rapidamente”, de acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira pelo hospital onde ela e o pai estão internados. “Já não está em estado crítico e sua situação agora é estável”, detalhou o hospital de Salisbury. Serguei Skripal permanece em situação crítica. / EFE e AFP